50 ararinhas-azuis serão devolvidas de volta ao Brasil após acordo com a Alemanha.
As ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) que entraram em extinção por ser alvo de caçadores e traficantes de animais no Brasil em outubro de 2000 irão ser enviadas novamente ao seu habitat natural.
Com um acordo feito pela ICMBio ( Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e a ACTP ( Association for the Conservation of Threatend Parrots), na Alemanha, 50 ararinhas-azuis irão vim num avião em novembro para o Brasil.
Essas aves são naturais da caatinga brasileira e existem apenas 163 ararinhas-azuis espalhados pelo mundo e todas vivem em um cativeiro.
São animais de difícil reprodução e será a primeira vez que ocorrerá a reintrodução de aves silvestres na natureza sendo que não contem nenhuma ararinha-azul em vida livre, disse Camile Lugarini, analista ambiental do ICMBio.
O ICMBio está entrando em parceria com diversas entidades com o objetivo de construir no município baiano um espaço para que a ave seja solta entre 2020 a 2024.
O grupo dos ambientalistas do ICMBio acham um "feito inédito" inserir novamente as ararinhas-azuis no seu habitat natural. Em 2013 apenas quatro aves da especie tinham sido inseridas novamente no Brasil, sendo transportada da Espanha até o interior de Minas Gerais.
Vida Na Natureza
A unidade de conservação Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul que está localizada em Curaçá, interior da Bahia irá abrigar as 50 aves que serão transportadas da Alemanha até Bahia.
Chegando ao Brasil, elas passarão por uma quarentena e por exames clínicos para avaliar a saúde. Os veterinários também irão observar se elas estão em condições dos critérios sanitários do Ministério da Agricultura.
Se passarem irão conviver juntas com as maracanã-verdadeiro e depois de ter se adaptado a fauna do Brasil, 15 aves ararinhas-azuis serão soltas na natureza e serão observadas pelo resto da vida. As ararinhas-azuis que restaram irão permanecer no cativeiro para reprodução assistida.
Extinção
Foi em 1819 no município de Juazeiro, interior da Bahia, que as aves foram catalogadas pela primeira vez. Foram na décadas de 1960 a 1980 que os criadores se interessaram pelas aves e ela entrou em extinção.
Mesmo com a caça e o trafico sendo crime e a legislação mais rígida, restaram apenas 7 aves no ano de 2000. E o governo brasileiro em parceria com organizações internacionais se responsabilizaram em preservar a especie, com cruzamento genéticos os ambientalistas comemoram por conseguirem chegar a 163 aves existentes.
Com as caças e tráficos a ararinha-azul ficou em uma pequena quantidade virando rara e também perdeu uma grande parte do habitat em que ela vivia por desmatamento, queima e retirada de lenha.
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