Balançar a cabeça para tirar água do ouvido pode trazer riscos as crianças

Quem nunca deu aquele mergulho na piscina ou na praia e acabou com água no ouvido? Nossos pais sempre diziam 'dá alguns pulos que a água sai!', mas segundo um novo estudo realizado, reproduzir este método em crianças pequenas é um verdadeiro risco.

O recém descoberto estudo apresentado nesta semana por Anuj Baskota, Seungho Kim, Hosung Kang e Sunghwan na 72ª Reunião Anual da Divisão de Dinâmica dos Fluidos da American Physical Society mostra que, quando a cabeça de uma criança é balançada para expulsar a água contida no seu ouvido, o cérebro e a caixa craniana se movimentam, assim formando um prejuízo já que o cérebro bate no crânio.

"Nossa pesquisa se concentra principalmente na aceleração [dos movimentos cranianos] necessários para tirar a água do canal auditivo", explicou Baskota.

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Pesquisadores testaram teoria 3D (Foto: American Physical Society)

Em um teste 3D realizado foi possível ver que o tal 'método' para retirar água do ouvido teve uma aceleração craniana 10 vezes maior que a força da gravidade causando danos cerebrais.

Nos adultos ou adolescentes a aceleração craniana é menor tendo uma baixa quantidade de movimentos cranianos, explica Baskota.
"A partir dos nossos experimentos e do modelo teórico, descobrimos que a tensão superficial do fluido é um dos fatores cruciais para fazer com que a água fique presa no canal auditivo" acrescentou ele.

A melhor forma de tirar a água dos ouvidos das crianças segundo os especialistas é com álcool ou vinagre. Quando estes elementos entram em contato com a água eles retiram a união das moléculas, afrouxando a membrana que irá se desfazer liberando a água acumulada no ouvido.

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